Líderes de greve da PM em Feira têm prisões decretadas
Edianari Almeida e Josafá Ramos estão em frente ao 1º BPM em manifestação com outros PMs.
Edianari (esq.) e Josafá (dir.) são diretores da Aspra em Feira. Fotos: Kleiton Costa
Dois líderes da greve dos policiais militares em Feira de Santanaestão entre as doze pessoas que tiveram prisão preventivadecretada pela Justiça, a pedido do Governo do Estado. Um deles, Edianari Almeida, é vice presidente local da Associaçãodos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares (Aspra). O outrosindicalista, Josafá Ramos, assume a diretoria de comunicaçãoda entidade.
Desde a última quarta-feira (1), Edianari e Josafá estão emfrente à sede do 1º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Feirade Santana, juntamente com outros policiais, bloqueando asaída de viaturas para o policiamento nas ruas.
Desde que a notícia das prisões preventivas foi divulgada, oclima se tornou ainda mais tenso entre os grevistas. Segundoinformações do repórter Luiz Santos, da Rádio Sociedade deFeira de Santana, Edianari e Josafá tiveram mal-estar por váriasvezes na noite deste sábado (5) devido à tensão.
Com as prisões decretadas, Edianari e Josafá podem ser presos a qualquer momento. Por isso, cresceu a tensão entre os grevistas concentrados no 1º BPM, que insistem para que os dois líderes não se entreguem.Familiares dos PMs também estão no local e temem um confronto com policiais que não aderiram ao movimento.
Movimento em Salvador
O presidente da Aspra na Bahia, Marco Prisco, também teve a prisão decretada. Ele está na Assembléia Legislativa, em Salvador, onde mais de dois mil policiais grevistas se concentram. "Se existe um mandado de prisão, que se cumpra. Aí os nossos advogados vão recorrer porisso, porque eu não sou criminoso. Eu sou um policial militar, pai de família, tenho dois filhos, tenho a minha esposa e sou servo do Senhor", disse Prisco, em entrevista à imprensa.
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