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quinta-feira, 19 de julho de 2012

BRIGAS INTERNAS DENTRO DO PT

A Esquerda Popular Socialista (EPS), tendência do PT, perdeu recentemente um importante quadro: o jornalista Ernesto Marques, que não conseguiu legenda para sair candidato a vereador nas próximas eleições municipais. Afastou-se ainda o deputado estadual Marcelino Galo, amigo do jornalista. O motivo não foi claramente declarado por Marques, que aponta como causa do afastamento “uma fissura” dentro do grupo. Trocando em miúdos, segundo o jornalista: Marques afirmou que no ano passado foi definido quatro nomes como pré-candidatos a vereador pela EPS – o próprio jornalista, Marcos Rezende, Suica e Paulo Mota.
Com o passar do tempo, no entanto, ficou decidido manter a candidatura apenas de Suica e Paulo Mota e, segundo Marques, sem qualquer debate com o restante dos membros da EPS. “Suica e Paulo Mota foram os escolhidos, mas ambos possuem o mesmo foco porque fazem parte do movimento sindical. Paulo Mota, inclusive, foi candidato a vereador em 2008 e teria, então, toda a legitimidade para se lançar mais uma vez. Eu não fui escolhido. Esse é um dos componentes do afastamento, mas não é a razão central. Não houve um debate interno para resolver essa questão e não foi algo amadurecido politicamente”, afirmou ao Política Livre.
Ainda de acordo com Marques, do ano passado para cá, a EPS chegou a definir que não deveria lançar candidatos à Câmara porque foram dedicados muitos esforços para a criação da tendência, de modo que não conseguiriam viabilizar candidaturas a tempo para as próximas eleições municipais. No entanto, o afastamento da EPS, segundo Marques, não significa uma “birra” com os demais membros.
“É como um casal que se ama, mas não se entende mais. Não é uma atitude de zanga. Fiquei sentido, claro, em não poder ser candidato, mas a vida segue e a derrota faz parte da política. Perdi uma disputa interna e isso faz parte”, afirmou o jornalista, que é muito amigo do deputado Marcelino Galo (PT), para quem agora trabalha de modo a contribuir para as eleições de 2014, quando o parlamentar tentará reeleição. Marques aponta ainda estar empenhado para ajudar na eleição do deputado federal Nelson Pelegrino (PT) à Prefeitura de Salvador.
Versão de Galo – O deputado estadual Marcelino Galo, que também se afastou da EPS, negou qualquer briga pessoal com o deputado federal Valmir Assunção, coordenador da tendência e ligado ao Movimento Sem Terra (MST). Segundo Galo, o rompimento foi por “questões de método” e por uma exaustão dentro da tendência. “Defendíamos que houvesse mais debate e maior participação dos membros. Foi esse o motivo”, afirmou, destacando que respeita a figura de Valmir Assunção pelos 25 anos trabalhando juntos. “Tenho um profundo respeito. Não se tem problema algum”, reiterou.

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