Com o ativo político de ter sido a xerife do Judiciário nos últimos dois anos, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Eliana Calmon
pode, em 2014, dedicar-se à vida política e disputar eleições pela
Bahia. Na quarta-feira (28), em café na manhã na Câmara dos Deputados,
Eliana foi sondada pelo PPS e deixou a porta aberta. Ao longo de seu
mandato no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), quando falou da
existência de “bandidos de toga” e abriu uma crise com entidades de
classe da magistratura, Eliana Calmon negava a possibilidade de se
filiar a um partido político e disputar eleições. Ontem, porém, a
ministra admitiu a possibilidade. O líder do PPS, deputado Rubens Bueno
(PPS-PR), perguntou a data da aposentadoria da ministra e afirmou que o
partido lhe ofereceria a legenda para, se quiser, disputar as eleições
já em 2014. Ela afirmou que avaliará a oferta assim que se aposentar.
Eliana Calmon completa 70 anos em novembro de 2014. E não acredita que o
Congresso, até lá, aprovará a chamada PEC da Bengala, que aumentaria
para 75 anos a idade limite para a aposentaria compulsória no serviço
público. Para eventualmente se candidatar ainda em 2014, ela teria de
antecipar sua aposentadoria. A ministra recebeu o convite para uma
conversa com o PPS e aproveitou a reunião para defender a inclusão de
uma emenda no Orçamento do próximo ano que destinasse recursos para a
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam),
que ela dirige.
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