Deputado Antônio Imbassahy (PSDB), líder da bancada tucana na Câmara Federal
O deputado federal, Antônio Imbassahy (PSDB), novo líder da
bancada tucana na Câmara dos Deputados, criticou a antecipação do
processo eleitoral na Bahia com a indicação do pré-candidato petista,
Rui Costa, ao governo do Estado. “Foi um erro muito grande”, afirmou em
entrevista à rádio CBN Salvador, na manhã desta segunda-feira. “Um
governo que está mal das pernas e o governador vai se dedicar, como já
está se dedicando, a política eleitoral. O governador vai continuar
fazendo o que ele gosta que é cuidar da política eleitoral. (…) Além de
cuidar da campanha de Rui ainda vai cuidar da campanha de Dilma em todo o
Nordeste. Pelo amor de Deus, governador tem que governar”. Sobre a
indicação pessoal do governador pelo chefe da Casa Civil, nome que
chegou a ser questionado dentro do Partido dos Trabalhadores, o tucano
foi taxativo. “Ele representa o governo a continuidade. Wagner quer uma
pessoa que o defenda durante a campanha e só um grande amigo dele vai
ter disposição de dizer essas coisas todas. A gente vê o governador
lançar o candidato dele com muita antecedência, fora do tempo, até pela
dificuldade que ele tem de fazer o candidato dele crescer. Um precisa de
tempo para ser conhecido e o outro de um candidato que o defenda”,
justificou.Imbassahy também negou que a oposição tenha gostado da escolha de Rui Costa, já que levaria vantagem pela falta de conhecimento da população sobre ele. “A expectativa nossa não era em torno desse candidato do governador. O que eu ouço em Brasília não são palavras positivas e quem diz são os companheiros dele. Eles dizem que o governador não deveria ter escolhido esse, ‘ele é o mais fraco e não vai ganhar’. Eles dizem isso lá. Mas nós não vamos escolher o candidato do governo, vamos escolher o das oposições. Agora é certo que você não vê nenhum entusiasmo. Escolheram e pronto. Acabou”. O tucano também comentou a participação do PSDB nas eleições da Bahia e negou que haja imposição da vaga na chapa majoritária. “Ninguém está impondo nada. Todos os partidos estão conversando e a única imposição é a de um projeto para mudar a Bahia”, concluiu.
Antecipação do royalties - O deputado também criticou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), enviada pelo governador Jaques Wagner para a Assembleia Legislativa, que altera o artigo 204 da Constituição Estadual para estender e antecipar o uso dos royalties do petróleo para a previdência para cobrir o rombo que chegou a R$ 1,65 bilhão em 2013 e, segundo estimativas do governo, pode atingir 2,3 bilhões este ano. “Isso é uma imoralidade. Primeiro que é ilegal antecipar recursos do próximo governador para sanar dívidas do atual. Isso é, de uma maneira muito clara, uma operação financeira chamada Antecipação de Recursos Orçamentários, proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal. (…) O governador chegar a essa ousadia de antecipar recursos do próximo governo para ele pagar o rombo desse é um desfalque. A gente tem que resistir e denunciar isso. Durante sete anos o governador obteve autorização para gastar 14 bilhões de reais. Esse dinheiro está aonde? O que é que foi feito? Isso é uma coisa lamentável. No final do seu governo querer meter mão no dinheiro do próximo governador?”, questionou.
Emerson Nunes
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